quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Uma dúvida

Li umas notícias acerca dos restaurantes que "enganam" os clientes em Lisboa e fiquei com uma dúvida: estes restaurantes foram montados todos com dinheiro a pronto ou há algum empréstimo bancário que financiou a actividade? Um dos restaurantes é de um fulano que era um "carteirista muito respeitado no meio". Haver um restaurante que faça isto e ninguém faça nada, ainda se entende, mas já há três pois estão a expandir. Será que isto faz parte de um programa de emprego de carteiristas?

P.S. Ah, pá, acabei por vos burlar: disse que tinha uma dúvida e afinal eram duas...

11 comentários:

  1. Muito bom, porque é ironia fina.

    Quem quiser continuar a disfrutar da mesma poderá ler os 98 comentários dos leitores do artigo citado - eu tentei fazer uma selecção só que ficou tão grande que achei melhor sugerir apenas a sua leitura total.

    PS: a história dos carteiristas no eléctrico 28 é/foi real (quanto a nomes não sei) e está na origem de um aviso sonoro feito no Metropolitano de Lisboa sobre os cuidados a ter na entrada e na saída dos comboios - trem para os brasileiros

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  2. Convenhamos que os clientes também têm culpa. No fim, ao ver a conta, apenas tinham de dar os seus dados pessoas ao empregado do restaurante e comunicar-lhe que não iam pagar, mas que deixavam os dados para o caso de o restaurante os querer processar.

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    1. Não sabemos se terão havido clientes que tenham feito isso, mas penso que isso seria um comportamento recomendável, se o dono do restaurante não fosse (antigo) carteirista. Concedo-te que quem vai ao restaurante não sabe que o dono é carteirista, mas fica a saber que é um estabelecimento de pessoas de pouca fibra moral. Se o restaurante é gerido por pessoal trafulha, será que queremos dar os nossos dados pessoais a gente trafulha?

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    2. "Se o restaurante é gerido por pessoal trafulha, será que queremos dar os nossos dados pessoais a gente trafulha?"

      Pois, bom ponto. Nesse caso limitava-me a comunicar ao empregado que não pretendia pagar e que eles tinham duas alternativas, ou me deixavam ir sem pagar ou chamavam a polícia para me identificar.

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    3. O Aguiar-Conraria sabe que essa gente, depois de atrair o cliente, anunciando pratos a preços normais, com o argumento de que os pratos escolhidos estão esgotados, propõe outros cujos preços, mais que exorbitantes, lhes são depois debitados, preços que constam da lista que usam, em lugar “escondido”?
      Esta forma de agir é do conhecimento das nossas autoridades (ASAE e PSP) que ainda não arranjaram maneira de incriminar esses autênticos meliantes, que estavam bem era à sombra, num presídio, mas com as despesas a correrem por conta deles...

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    4. Sim, o modus operandi já foi explicado. Porquê?

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    5. Ao que sei, as autoridades ainda não fizeram nada porque o modus operandi tem sido considerado legal por os preços estarem fixados na lista.

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    6. Arranjar subterfúgios para fugir às regras é diferente de cumprir as regras. O nosso sistema de justiça é simplesmente uma palhaçada se não tem instrumentos para lidar com isto.
      De qualquer forma, fico na minha. Os clientes são parvos por pagarem a conta.

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  3. Não posso deixar de lhe dar razão.
    Todavia, repare que o problema não é só de justiça, é também e essencialmente um problema de segurança. Confesso que não gostei da posição do inspector-geral da ASAE, quando, a propósito, aconselhou os clientes da restauração a controlarem, sempre, os preços dos pratos, verificando as listas. Pondo de lado o caso de bons restaurantes que não têm lista, não compreendo como é que não conseguem provar que há, pelo menos, crime de especulação. Parece que agora já não podemos confiar em ninguém.
    A ASAE, pelo que se ouve, fechava estabelecimentos por dá cá aquela palha e agora não sabe como agir em casos desta natureza. Esquisito.

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  4. Concordo. A ASAE está vocacionada para perseguir e castigar no pelourinho gente que trabalha e tenta fazer o melhor que pode e sabe, não para apanhar bandidos.

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