sábado, 23 de fevereiro de 2013

"Soma"


Em 1932, Aldous Huxley publicou o livro “Brave New World” (Admirável mundo novo, na tradução portuguesa). A história passa-se em 2500. O autor pretendia descrever com cinco ou seis séculos de antecedência a sua visão da evolução da sociedade, ciência e economia. Todavia, no prefácio da 2.ª edição em 1946, o autor considerava que a realidade se tinha aproximado com incrível rapidez da ficção, estimando que bastariam mais três ou quatro gerações para que coincidissem.

No “Admirável mundo novo”, os anos são contados a partir de (Henry) Ford, o inventor da sociedade de consumo: “Quanto mais altos forem os salários, mais fácil será a venda.” O planeta é governado por uma oligarquia. Reina a técnica e a ordem. Graças à genética, realizaram-se grandes “progressos”. A família desapareceu. A reprodução faz-se por clonagem. A promiscuidade sexual é desenfreada. O sistema cultiva o horror da beleza e do gratuito. As crianças são ensinadas a detestar os livros e as flores. Como é necessário ter tudo controlado, em caso de desânimo receita-se um tranquilizante infalível: o “soma”.

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